Existem várias maneiras de financiar um Curso Universitário, podemos sempre deixar os papás pagarem tudo, mas hoje em dia com esta crise mundial, é um pouco complicado gerir as contas da casa , mais ainda sustentar um filho a estudar fora de casa no ensino superior.
O diário de notícias diz nos que o modelo de apoio financeiro a estudantes que dispensa fiador, sendo o Estado a assumir a responsabilidade junto das entidades bancárias, já ajudou mais de seis mil alunos, desde que entrou em vigor, no ano lectivo 2007/08. No entanto, professores e associações dizem que a adesão ainda é fraca, atribuindo culpas à actual crise económica. Mais especificamente até Março de 2009, já tinham pedido empréstimos 6345 estudantes para concluir os estudos. Isto ao abrigo do novo sistema de apoio junto da banca, lançado no ano lectivo de 2007/08. Este novo sistema, chamado garantia mútua, já não obriga, como antes, à existência de um fiador, sendo o Estado a assumir o risco junto da banca. Segundo os últimos dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a que o DN teve acesso, em cada um dos dois anos de vigência do sistema, cerca de 3150 os alunos contraíram um empréstimo.
Embora pareça à primeira vista um bom negócio, há algumas vozes contrárias!
Rui Namorado Rosa é professor catedrático da Universidade de Évora, sendo também professor convidado do Instituto Superior Técnico, e escreve assim, no seu artigo «Empréstimos para estudantes: a crise do crédito chega a Portugal»:
"A medida de conceder empréstimos aos estudantes que o desejem para pagamento das propinas, trombeteada por Sócrates, com pompa e circunstância como uma medida de imenso alcance social, trata-se de facto de mais um ataque ao ensino público e mais um negócio milionário para o capital financeiro. Os futuros licenciados vão iniciar a sua vida profissional em empregos precários ou pagos a recibo verde e com uma dívida que para muitos será incomportável. O exemplo do EUA, donde a UE copiou a medida, está aí para o demonstrar. A rendição do PS e do seu governo maioritário às inovações do capitalismo neoliberal atinge agora os jovens estudantes.
(...)
Quer também dizer que um jovem licenciado ou mestre, que queira ou tenha de entrar na “vida activa” iniciará um percurso profissional já carregando aos ombros uma divida e seus juros acumulados, sabendo que a banca e a autoridade do estado estão vigilantes. Esse jovem não só pagará os custos da sua educação como a pagará várias vezes. E, sob a pressão de ter de a pagar, terá de estar “disponível” para aceitar o trabalho que puder alcançar, como trabalhador precário e flexível, ou emigrar, com o espaço da União à sua frente."
Para concluir deixo aqui um excerto do que a DECO tem a dizer:
"As contas para estudantes e jovens são mais vantajosas do que as regulares: exigem mínimos de abertura reduzidos (em regra, € 25 a € 50), não cobram custos de manutenção e, muitas vezes, nem a anuidade do cartão de débito ou crédito. A maioria não é remunerada, mas chegam a ser 2 a 3 vezes mais baratas do que as regulares, consoante prefira movimentá-las ao balcão ou à distância (Net ou Multibanco). São, pois, uma boa solução para quem estuda ou ainda não completou 30 anos.
Para abrir uma conta com estas características, tem de apresentar uma cópia do cartão de estudante, recibo da propina ou declaração do estabelecimento de ensino, a comprovar a inscrição. Para abrir uma conta jovem, não precisa de ser estudante. Basta mostrar o bilhete de identidade, já que o limite de idade para aceder a estes depósitos varia entre 18 e 30 anos.
A maioria dos bancos cobra pelas transferências interbancárias. Se o banco que lhe oferecer a melhor proposta não coincidir com aquele onde os pais têm conta, deve evitar-se transferir a mesada pela Net. Use o Multibanco, onde a operação é gratuita."
Enfim, concluindo, nada melhor do que estar esclarecido!!
Posteriormente voltarei a falar sobre este assunto.
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